Vereador Claudinho Serra enfrenta risco de cassação na Câmara Municipal de Campo Grande

O presidente da câmara, Carlão (PSB), declarou que um processo de cassação pode ter início já nesta quinta-feira (17)

Afastado há quatro meses após prisão na Operação Tromper, o vereador Claudinho Serra (PSDB) pode ter o mandato cassado por não comparecer à perícia obrigatória exigida pela Câmara Municipal de Campo Grande.

Nesta terça-feira, o presidente da Casa, Carlão (PSB), declarou que um processo de cassação pode ter início já nesta quinta-feira, caso Claudinho não se apresente para o procedimento. O vereador havia se afastado por 120 dias após ser preso em investigação que aponta sua suposta liderança em uma quadrilha de fraudes licitatórias e desvios de recursos públicos em Sidrolândia. No entanto, um atestado médico apresentado recentemente foi recusado pela Câmara, exigindo que Claudinho passasse pela perícia do Instituto Municipal de Previdência – exigência que ele ignorou até o momento, acarretando em faltas ao longo do afastamento.

Com o descumprimento das exigências, a Câmara poderá instaurar uma comissão ética-disciplinar, garantindo o direito de defesa ao vereador antes da votação definitiva em plenário. Caso seja aberto o processo, será analisada a permanência de Claudinho no mandato, somando mais uma frente de pressão judicial ao político.

A acusação contra Claudinho Serra foi detalhada pelo Ministério Público Estadual (MPE), que alega ter “provas concretas da existência de esquemas em pleno funcionamento”, apontando o vereador como mentor de uma rede de corrupção. Conforme o MPE, o parlamentar coordenaria um esquema contínuo de fraudes em licitações e contratos públicos, além de desvios e corrupção de servidores, resultando em “enorme prejuízo ao erário público”.

O documento de acusação afirma ainda que Serra “é o mentor e responsável pela articulação dos esquemas relacionados às fraudes em processos licitatórios, desvios de recursos públicos e pagamentos de propina envolvendo Ueverton da Silva Macedo e Ricardo José Rocamora Alves”.

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Foto: Divulgação