Em 2010 o governo definiu os ministérios e os órgãos da União que teriam uma nova redução de orçamento daquele ano
“O governo definiu os ministérios e os órgãos da União que terão uma nova redução de orçamento este ano (2010), como parte do corte de gastos anunciado recentemente pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. O Ministério da Educação foi o mais afetado e terá R$ 1,28 bilhão a menos para gastar. Com esse corte adicional, o orçamento da Educação perdeu R$ 2,34 bilhões em relação aos valores aprovados pelo Congresso.”
Naquele ano o Executivo reduziu […] despesas no valor de R$ 7,5 bilhões. Para alcançar um corte de R$ 10 bilhões, conforme anunciado no dia 13 de maio daquele ano […].
No entanto não houve manifestações ou críticas por parte da maioria política cooptada pelo dinheiro que rolava solto entre os parlamentares e que vem sendo recuperado vagarosamente a partir das diversas operações desencadeadas pela Polícia Federal e Ministério Público. Também os estudantes e professoresnão foram para as ruas, ainda que perdessem verba para pesquisas, mestrados e doutorados.
Isso não é uma defesa do corte de verbas,ou contingenciamento, apenas um estranhamento em relação as diferentes posturas em dois momentos distintos: calmaria quando havia um governo de esquerda, manifestações quando há um governo de direita liberal.
Nesses cinco meses de governo a economia tem sido a prioridade para que o país enfrente uma série crise financeira e, devemos torcer para que acerte a mão e retome os investimentos, inclusive na educação. Contingenciamento não é, necessariamente, corte de investimentos, mas o governo não tem comunicação, não sabe falar com o legislativo nem com a população. O medo é que se torne refém, e tudo leva a crer que vá se entregar ao apetite voraz para formar uma base no Congresso.
Então, entre as patifarias dos meninos de ouro Bolsonaros, a sanha de poder do presidente da Câmara Federal, o fisiologismo dos parlamentares, o despreparo do próprio presidente e um ministério risível em sua maioria, podemos aprofundar o caos ao invés de nadar até uma tábua de salvação
Por: Dirceu Martins
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