SAÚDE

Nada de “kit ressaca”, campeão de vendas no Carnaval é tadalafila

Jovens consomem indiscriminadamente o “comprimido azul” que faz dupla inusitada com repelente nas farmácias

Tadalafila (foto:Felipe Gesteira)

O Carnaval, conhecido por sua atmosfera de festa, alegria e desinibição, tem firmado um protagonista nas vendas em farmácias que vai além dos tradicionais “kits ressaca” e preservativos. A maioria dos farmacêuticos consultados não tem dúvidas quando a questão é o que mais vende nesta época. A resposta é rápida: “tadalafila”, concorrente da sildenafil (nome genérico do Viagra).

Surpreendentemente, o famoso “comprimido azul”, utilizado no tratamento da disfunção erétil, é um sucesso entre os jovens, a partir dos 16 anos. “Teve um cliente que comprou 6 caixas de uma só vez”, contou a balconista Eduarda Barbosa, de farmácia do Grupo Mais.

A tadalafila não deve ser usada por todos os homens, especialmente aqueles que têm problemas cardíacos ou que tomam medicamentos contendo nitratos. Mas apesar dos alertas do Conselho Federal de Farmácia, até quem não precisa compra.

O farmacêutico da rede Pague Menos, Gabriel Makley, revelou à reportagem que, às vésperas do Carnaval, a procura por camisinhas foi alta, especialmente por delivery. No entanto, o que surpreendeu foi a significativa saída de unidades de medicamentos destinados ao tratamento da disfunção erétil, principalmente, o tadalafila. “Dias antes do Carnaval saiu muito”, comentou.

Farmacêutico na drogaria Ultra Popular, Rubens Moreira, 45 anos, confirmou a alta procura dos famosos comprimidos azuis. Porém, ao mesmo tempo que a falta de consciência sobre automedicação pesa de um lado, de outro o Carnaval ele aponta um vice campeão que vai no caminho oposto, o da prevenção. “É mais tadalafila, mas os repelentes contra a dengue também tem saído bastante por conta da epidemia”, diz.

Em outra farmácia, para Jhonatan Francisco de Oliveira a impressão foi diferente. A procura pelos os medicamentos para disfunção erétil teve apenas procura por informações sobre o produto, mas não necessariamente  vendas. “O que aumenta é a questão de perguntar sobre. E isso aumentou tipo, querer saber sobre o produto”, conta Jhonatan.

Na rotina dele, durante o Carnaval o aumento significativo foi mesmo por camisinhas devido à conscientização. O farmacêutico destaca que houve uma reposição de estoque para atender a essa demanda que praticamente dobrou em relação aos dias normais.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar as noticias do FourNews

Por:Campo Grande News

Deixar um Comentário