SIDROLÂNDIA

MP oferece denúncia de furto contra a APAE e réus vão responder por furto qualificado

MP oferece denúncia de furto contra a APAE e três pessoas vão responder por furto qualificado

Legenda

A Promotora Daniele Broghetti Zampieri de Oliveira do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul propôs Ação Penal Pública, em 9 de janeiro desse ano,  contra Glauciomar Oliveira da Silva, Gracileia Oliveira da Silva e Jaqueline Oliveira Nogueira pela prática de subtração (furto) de valores pertencentes à Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE de Sidrolândia), por diversas vezes durante os anos de 2015 a 2017. Glauciomar agiu amparado no abuso de confiança que lhe era depositado por trabalhar naquela instituição por 16 anos. O inquérito foi remetido ao Poder Judiciário no ultimo dia 21.

O caso veio a tona quando após um leilão realizado em 2017, quando o presidente da entidade, Glaucio Eidi Hisatsugu foi informado por Daniel Correa Silvério que Glauciomar recebera dois cheques no valor total de R$ 3.600, dados em doação, mas não depositados na conta da APAE, mas na conta de sua irmã, Gracileia.

Foi aberta uma sindicância interna que constatou os desvios de doações e renda auferida em leilões e outros eventos. Primeiro ele recebia cheques ou em espécie; em seguida emitia um recibo de pagamento; depois, depositava os valores na conta de sua irmã, na conta de sua companheira, Jaqueline, ou na própria conta.

Ainda que o responsável pela contabilidade fosse Tuilo Gimelli, Glauciomar era responsável por guardar os valores recebidos e, ao final deveria fazer o balancete e depositar para a instituição. Além dos depósitos indevidos ela sacava da conta da entidade para fins diversos. Descobriu-se depois que os valores sacados não estavam contabilizados.

Uma vez que nem todas as doações eram feitas em cheque, a perícia teve dificuldades em levantar a quantia exata desviada por eles. Segundo relatórios da APAE, estima-se que o furto atingiu a sifra de R$ 524.358,92.

Em depoimento ao delegado responsável pelo caso, Glauciomar confessou o crime. Segundo informou em 2018 o presidente da APAE, foram movidos dois processos contra o ex-funcionário, um criminal e outro civil para tentar recuperar esses valores.

Na esfera civil foi feita conciliação, e o funcionário entregou 3 lotes, cotas de um pesqueiro em outro município, pagamento de R$ 30 mil, o que corresponde a aproximadamente 50% do que foi furtado da entidade, segundo Gláucio. Esse acordo serviu como confissão para o processo criminal.

O Presidente explicou, à época, que aceitou a conciliação, pois a morosidade da justiça poderia permitir ao acusado se desfazer dos bens que estivessem em seu nome.

Estima-se que o valor total desviado ultrapassa a cifra dos milhões, pois segundo o Presidente, a auditoria levantou que foi comprado DVD, TV de LED de 60 polegadas, computadores que são material permanente que não se encontram na APAE. Também diversas compras de papel higiênico, sabão em pó, fardos de café etc.

As investigações continuam,Glauciomar pode ainda fazer uma delação premiada e assim esclarecer inclusive troca de cheque com vereador.

O MS Negócios é comprometido com esse caso e estaremos acompanhando de perto novos fatos que poderão ocorrer.

 

Por: Dirceu Martins

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