Governador Reinaldo Azambuja (PSDB) colocou uma tropa, inclusive com equipes de elite da PM, para impedir a invasão das propriedades pelos índios.
Desde o dia 1º deste mês, cerca de 30 policiais do Batalhão de Choque, do Bope (Batalhão de Operações Especiais), do DOF(Departamento de Operações de Fronteira), da Polícia Militar Rodoviária, da Cavalaria de Campo Grande e da PM de Aquidauana cuidam da Fazenda Esperança.
A propriedade faz divisa com a Fazenda Água Branca, de onde centenas de índios da etnia Kinikinau foram despejados sem ordem judicial no início do mês. Durante a desocupação, alguns indígenas ficaram feridos, incluindo o cacique, cuja imagem bombou nas redes sociais e grupos de aplicativos como símbolo da violência policial.
A Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) justifica que as equipes estão na região para “realizar o policiamento preventivo, e também estão realizando diligências na região para apurar os crimes praticados”.
Por outro lado, o Governo confirma que os policiais estão para evitar a invasão da propriedade das parentes da ministra Tereza Cristina pelos índios. “A Fazenda Água Branca, onde ocorreu a invasão, possui segurança particular”, destaca a secretaria.
“A Sejusp mantém um efetivo na região em pontos estratégicos, com objetivo de prevenção, pois caso ocorra outra invasão a distância entre a propriedade rural e a cidade não permite que ocorra o deslocamento em tempo hábil”, esclareceu.
A tropa policial vai permanecer na área até o ministro de Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, acatar pedido do governador para enviar equipes da Força Nacional para a região. De acordo com o Governo, a medida será semelhante à adotada em Caarapó, onde houve intervenção das tropas federais.
A Secretaria de Segurança Pública não divulga o número de policiais militares nem quanto tempo deverão permanecer na área. “Por questões estratégicas e de inteligência, não podemos fornecer informações”, justificou-se.
A Secretaria também já está formalizando um pedido ao Governo Federal para que encaminhe equipes da Força Nacional para atuar na região, como já acontece na cidade de Caarapó.
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