Mesmo com toda a empolgação com a chegada das redes 5G no Brasil, uma preocupação que pode estar na cabeça de quem lembra do início do 3G e 4G é o impacto que essa nova rede de alta velocidade terá na duração das baterias nos smartphones. E, apesar da resposta ser complexa, as perspectivas são muito melhores nesta transição.
Quem lembra do que aconteceu nas duas últimas transições, provavelmente, tem na mente como os primeiros aparelhos compatíveis tinham uma autonomia de bateria bem inferior aos dos celulares que só usavam o padrão anterior.
Outros devem lembrar que a adoção dos novos padrões pela Apple aconteceu anos após os concorrentes: 3G no iPhone 3G em 2008 e 4G LTE no iPhone 5 em 2012, enquanto as primeiras redes 3G e 4G no ocidente foram lançadas em 2002 e 2009, respectivamente.
A vez do 5G
Desta vez, operadoras e fabricantes consultadas pela nossa equipe se mostram otimistas, acreditando que a autonomia dos aparelhos deve ser mantida dentro dos padrões atuais. Mas é claro que isso vai variar conforme o tipo de uso de cada pessoa.
De acordo com Átila Branco, diretor de planejamento da Vivo, “o desenvolvimento de tecnologias mais eficientes para as baterias e técnicas de energy saving acabam compensando e superando um provável aumento do consumo no médio e longo prazo”.
Uso inteligente da conexão
Na outra ponta, o gerenciamento inteligente da banda permite um uso mais eficiente de dados por miliwatt. As operadoras e fabricantes de modems têm à disposição, a tecnologia C-DRX (Connected-Mode Discontinuous Reception, recepção descontínua no modo conectado, recurso já usado no 4G LTE), que permite aproveitar a banda maior de transmissão para receber os dados rapidamente e então desligar o processamento para o recebimento de dados até uma próxima requisição.
A técnica, segundo Bassil Elkadi, diretor de marketing e comunicações 5G da Qualcomm, aumenta a eficiência geral da transmissão de dados.
Neste caso, ao baixar um vídeo recebido no WhatsApp, por exemplo, o modem é ativado para receber o conteúdo e, ao terminar, entra em algo parecido com um modo de espera de baixo consumo de energia. Algo semelhante ao que acontece com as CPUs, que aumentam sua frequência quando necessário – o modo Turbo Boost ou Turbo Core – e depois baixam sua velocidade para poupar a bateria do notebook.
Por:CanalTech
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