Se genro da prefeita entrar com com atestado, Claudinho Serra pode receber pelo INSS

Vereador pode optar por atestado médico e passar a receber pelo INSS; esquema de corrupção também pesa contra ele

A licença de 120 dias do vereador Claudinho Serra Filho (PSDB), de Campo Grande, está chegando ao fim, e a Câmara Municipal aguarda uma definição sobre seu retorno às atividades. Serra, que se afastou sem remuneração por interesse particular, pode optar por apresentar atestado médico para continuar afastado e, nesse caso, receberia pelo INSS. A decisão deve ser anunciada até o dia 12 de setembro.

Segundo o presidente da Câmara, Carlos Augusto Borges (PSB), conhecido como Carlão, já houve contato entre os advogados de Serra e da Câmara, mas o retorno ou não ainda é incerto. “Sou escravo das leis; se ele provar, com atestado, que não pode vir trabalhar, eu vou manter o suplente, porque não tenho motivo para tirá-lo”, afirmou Carlão. Atualmente, a vaga está sendo ocupada por Gian Sandim (PSDB).

Carlão também esclareceu que, caso Claudinho não apresente atestado e resolva voltar ao trabalho, o suplente será removido, já que não é possível pagar dois salários para a mesma cadeira. “Se ele não der atestado, a gente tem que pedir para retirar o suplente”, disse Carlão, lembrando que o salário bruto do cargo é de R$ 8.440,75, e com os descontos, o valor líquido vai para R$ 6.356,63.

O vereador, no entanto, ainda enfrenta a pressão de uma investigação conduzida pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado). Ele é apontado como o principal líder de um esquema de desvio de dinheiro público que teria começado quando Claudinho era secretário Municipal de Finanças na prefeitura de Sidrolândia.

Denunciado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) em abril deste ano, Claudinho e outros 21 envolvidos foram acusados de crimes como fraudes em contratos e licitações públicas, peculato e corrupção passiva.

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Foto:Divulgação