Ivan Alyffer Albuquerque Rocha, 23 anos, preso pela morte de Luis Otávio Santana de Lima, 11 anos, manteve a versão de que o disparo que atingiu a criança foi acidente. Em depoimento à Polícia Civil , agora a tarde, repetiu algumas vezes que tudo não passou de “brincadeira”.
Ivan havia levado Luís e o irmão da vítima, de 13 anos, para pescar jacaré. O homicídio ocorreu no retorno desse passeio. Antes de perder a consciência, Luís contou que foi obrigado a ajoelhar e rezar, fato também confirmado pelo irmão da vítima.
Ao delegado Diego Dantas, titular da Polícia Civil de Sidrolândia, Ivan Alyffer confirmou que obrigou a criança a ajoelhar e rezar, mas que isso fazia parte da brincadeira. O menino teria obedecido e rezou, com as mãos para trás. O suspeito, posicionado na frente da criança apontou a arma e disse que o disparo foi acidental. “Ele disse que era só para assustar”, relatou o delegado.
Após o disparo, Ivan tentou fugir em meio à vegetação, mas foi contido pelos moradores do entorno.
Segundo ele, o revólver calibre 22 estaria sem munição, versão que a polícia que acredita não ser a real, já que Ivan havia relatado que havia usado a arma para atirar em jacaré, pouco antes.
Motivação
Até agora, o delegado interrogou a mãe da vítima, a esposa do autor, esta, adolescente de 16 anos, prima de Luís, e outras testemunhas relacionadas à família.
Em 2015, Ivan foi indiciado por violência doméstica, por ter agredido a esposa. Mas segundo Dantas, não há relatos de que o crime possa ter sido cometido por vingança por alguma desavença familiar.
A polícia deve encerrar o inquérito até sexta-feira, com indiciamento de homicídio doloso qualificado por emprego de meio cruel e agravado pelo fato da vítima ser menor de idade. Ivan também deve responder por porte ilegal de arma de fogo.
Por: Campo Grande News
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