Carlos Olindo, a ocasião faz o Cristão?

Acreditamos que seja maravilhoso os representantes da sociedade apoiarem as manifestações populares como a festa da Nossa Senhora da Abadia, padroeira de Sidrolândia, mas parece inconcebível que o mesmo presidente da Câmara Municipal retire o símbolo tradicional dos católicos, o crucifixo, do plenário daquela Casa de Leis e oito meses após participe dos eventos católicos.

Retirar o símbolo, sem qualquer apoio jurídico, rompendo uma tradição, talvez considere normal, mas participar de evento católico parece ser uma jogada política buscando votos de quem não respeita.

Será que a ocasião faz o cristão? Será demais pensar que aquele que ofende a cristandade, a cultura, a tradição de um país laico (“laico” significa “do povo”, um Estado laico defende a liberdade religiosa a todos os seus cidadãos e não permite a interferência de correntes religiosas em matérias sociopolíticas e culturais), de repente, por dever de ofício, compareça em um evento de outra religião, ou, o que é mais provável, queira apenas angariar votos além dos que o elegeu?

Afinal, o que pretende o presidente do legislativo? De um jeito ou de outro, não parece respeito, está mais para acender uma vela para Deus e outra para o diabo. Na base do conquisto meus votos não pelas minhas convicções políticas, por um programa que beneficie a sociedade como um todo, buscando na fé dos meus irmãos o crescimento do município como em sua totalidade, mas atendendo aos anseios da sociedade, ou desesperadamente ‘catando’ votos onde quer que eles estejam sem respeitar posições e contraposições?

Estranha Democracia que tira de um lado, põe em outro, tudo pelo “farinha pouca, meu pirão primeiro”.