Partidos políticos começam a planejar e organizar coligações e filiações com o objetivo de se fortalecerem para as eleições de 2020. Pela nova lei eleitoral as legendas devem lançar “chapas puras” para as câmaras municipais (vereadores serão eleitos pelos partidos e não mais em coligações entre os diversos partidos – quem tem mais votos, leva – o partido que obtiver mais votos leva número proporcional de vereadores).
Acabou o efeito Tiririca que permitia que um vereador do Partido Tal, pelo seu número de votos elegesse um político do Partido Qual. Então, o entendimento dos partidos mudou de foco; ao invés de buscar coligações que elegesse o Tiririca e levasse consigo o Zé do Milho que obteve apenas 2 votos (o dele e o da mãe).
Então irão em busca de ex-políticos, políticos renomados, ou lideranças que estavam fora do ambiente eleitoral. Ou seja, rostos antigos irão aparecer novamente e outros disputarão a reeleição.
Ireos
MDB
Depois das derrotas eleitorais a partir de um ex-tudo – secretário, deputado, prefeito, governador – e que passou uma longa temporada no presídio, o senhor que dominou e determinou a ascensão e queda do partido, colocou na berlinda amigos, correligionários e empresários, mas ainda mantém um contingente eleitoral respeitável, capaz de o eleger para qualquer cargo que dispute (relembrem o presidiário Lula e o ex-governador e ex-presidenciável Paulo Maluf). André Puccinelli fez e desfez. São suas crias alguns daqueles que pleiteiam a prefeitura de Sidrolândia, em quais partidos que estejam.
Querendo mudar caras e posturas, buscando se recuperar das derrotas eleitorais no estado, o MDB informou que a meta é trazer lideranças novas, que possam reforçar os times nas principais cidades.
“Queremos trazer gente nova, com potencial eleitoral para nos ajudar nas cidades. As nossas filiações vão ficar abertas durante todo ano”, disse o líder do partido na Assembleia, o deputado Márcio Fernandes (MDB).
Com o descontentamento de lideranças e vereadores junto ao atual prefeito, Daltro Fiuza inelegível ,o MDB cogita lançar uma chapa única, apoiada por um grupo de pecuaristas. Nomes como Rose Fiuza e Acelino Cristaldo são cogitados, mas quem ganha força no momento é o atual vice-prefeito Wellison Muchiutti.
Daltro Fiuza deve recorrer da decisão e pode figurar como candidato,se isso realmente ocorrer,o autal vice-prefeito ficaria sem chance de disputa.
PSD
É notório que Marcelo Ascoli (PSL) tente, novamente, o pleito para a prefeitura de Sidrolândia. Com os desgastes ocorridos no PSL, que terá todo o tempo até o final do ano e depende de uma boa administração do presidente Bolsonaro. Ascoli buscará sua reeleição por um novo partido e, ao que tudo indica, deverá ser o Partido Social Democrata (PSD) ouvindo o canto da sereia dos Trad – mandatários de Campo Grande.
PSDB
Com maior número de prefeitos nos municípios do estado e tendo como padrinho e dono da caneta o atual governador, o partido está com filiações e negociações abertas durante todo ano. Está avaliando data e evento específico para a mobilização de cooptação de novas lideranças, sejam políticos, novos nomes, ou qualquer um que angarie votos, e já adiantou que pode ter novidades durante a “janela partidária” (período que a essa justiça eleitoral permite o toma lá, dá cá) do ano que vem, para reforçar as chapas no ninho tucano, conforme citou o atual presidente regional do partido, Sérgio de Paula.
Nessa busca incessante, Moacyr Almeida (Vacaria) os vereadores Valdecir Carnevalli (Ganso) e Vilma Felini são alternativas para disputar a cadeira do executivo. O ex-prefeito Enelvo Felini, atual presidente regional, ainda é o nome mais forte.
Outros e tantos
Alguns Deputados Estaduais devem concorrer a prefeitura em suas cidades: Dione Hashioka, esposa e bancada pelo secretário de estado e homem forte do governo – qualquer governo que esteja no poder – Roberto Hashioka deve disputar Nova Andradina; Onevam de Matos, outro homem forte de todos os governos, disputa Naviraí; Mara Caseiro, Eldorado; Marçal Filho – o eterno e sempre candidato, a prefeitura de Dourados; professor Rinaldo – o irmão da Rose Modesto quer competir pela prefeitura de Campo Grande, parece que naquele velho esquema de coligar no segundo turno para conseguir cargos nos diversos escalões. Nesse caso, o ex-prefeito Enelvo Felini assume a vaga na Assembleia Legislativa por ter sido o terceiro suplente nas ultimas eleições.
Um nome foi muito comentado nesses últimos dias de pesquisa por nossa equipe,é a do pecuarista Lúcio Basso, que corre por fora, mas com possibilidades de vitória. Se essa conversa de bastidores se concretizarem,Lúcio virá por um outro partido.
PDT
O Partido Democrático Trabalhista (PDT) planeja fazer uma ação mais agressiva – talvez com a presença do sempre presidenciável Ciro Gomes – ainda no começo de 2020, ano eleitoral. “Neste momento o foco tem sido as votações das reformas no Congresso (Nacional) e a retomada da economia, depois vamos nos concentrar em trazer lideranças para o processo eleitoral”, explicou o deputado Jamilson Name.
Nesse caso, o nome forte e candidatíssimo seria, em Sidrolândia, Waldemar Acosta. Estofo político e investimento financeiro, não faltaria.
PSL
Parece que tudo depende da atuação de Bolsonaro, que seus índices de aceitação cresçam, mas, por via das dúvidas, Vladimir Struck já fez o convite a Moacyr Almeida (Vacaria) para seu ato de filiação. É nome bom para a briga.
PT
Liderado por Jean Nazareth, o partido deve apoiar a reeleição do atual prefeito (Marcelo Ascoli), o PT está organizando eventos esporádicos e individuais de filiações.
O deputado Cabo Almi (PT), por exemplo, vai promover atos de filiações em sua base eleitoral (Campo Grande) a partir do dia 31. “O partido está motivado, além de novos nomes, queremos organizar diretório em dez municípios”, disse.
DEM
A direção estadual do Democratas (DEM) informou que está em conversação com prefeitos, que tentarão a reeleição. “Temos vários nomes que podem se filiar em breve, mas não podemos esquecer a chapa de vereadores que precisa se fortalecer, porque vai ser pura”, disse o deputado Zé Teixeira (DEM).
Segundo informações, é no DEM ,partido da Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que Lúcio Basso possa concorrer a cadeira do executivo municipal. O convite teria sido feito pela própia ministra.
Enfim
Essa é uma disputa diferente do que sempre houve. Vereadores terão que “se virar”. Acabou a época “vereador Chocolate”, aquele que vencia em num emaranhado de coligações, com poucos votos e nenhuma proposta.
A sorte está lançada; Será questão de competência? Bem, é o que temos até aqui. Mas nossa observação não para.
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