Incentivos fiscais impulsionam primeira indústria de processamento de amendoim em MS

Investimento de R$ 117,5 milhões marca nova etapa do desenvolvimento agroindustrial do Estado

O governo de Mato Grosso do Sul assinou um termo de incentivos fiscais para viabilizar a instalação da primeira indústria de processamento de amendoim do Estado, em um projeto liderado pela cooperativa paulista Casul. O empreendimento, localizado em Bataguassu, contará com um investimento de R$ 117,5 milhões e será desenvolvido em três etapas.

A unidade industrial abrangerá processos de recebimento, limpeza, secagem, armazenamento e industrialização do amendoim. A primeira fase, prevista para 2024-2025, envolverá a recepção do grão de produtores cooperados, seguido pelo beneficiamento local a partir de 2026. Já em 2027, o projeto deverá ser concluído com a construção de um centro de distribuição de produtos industrializados.

“A instalação dessa unidade é resultado da nossa política de diversificação da produção agroindustrial, fomentando a ampliação da área de cultivo do amendoim no Estado. Nosso objetivo é consolidar essa cultura como alternativa econômica e fortalecer a industrialização”, destacou Jaime Verruck, secretário da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

A Casul é uma das principais comercializadoras de amendoim do Brasil e já vinha atuando no Mato Grosso do Sul com apoio tecnológico e capacitação de produtores. A unidade, que será construída às margens da BR-267, terá 10.300 m² de área construída em um terreno de 60.000 m², cedido pela Prefeitura de Bataguassu. O montante investido inclui R$ 57,6 milhões para construção e instalações e R$ 59,2 milhões para aquisição de máquinas e equipamentos.

O projeto prevê a produção e comercialização de amendoim em casca, grão de roça, semente de amendoim, óleo bruto e farelo do grão. Atualmente, Mato Grosso do Sul conta com 42 mil hectares plantados de amendoim, tornando-se o segundo maior produtor nacional, atrás apenas de São Paulo. A expectativa do governo estadual é atrair mais empreendimentos para agregar valor à produção local, impulsionar a economia e gerar empregos.

Além do impacto econômico, o incentivo à cultura do amendoim está alinhado com práticas sustentáveis, como o uso do programa MS-Irriga para irrigação e recuperação de solos. Em alguns municípios, a cultura já se apresenta como alternativa viável para a safra de verão, substituindo a soja.

“Atrair investimentos e garantir incentivos fiscais para projetos como esse reforça nossa estratégia de desenvolvimento agrícola e industrial, agregando valor ao setor produtivo e diversificando a economia do Estado”, concluiu Verruck.