CORRUPÇÃO SIDROLÂNDIA

Suposto empresário acusado de corrupção ao lado de vereador pede suspensão de processo enquanto delação é confirmada pelo MPMS

Ueverton da Silva Macedo, conhecido como Frescura, solicita suspensão da ação penal até que delator cumpra exigências de acordo, sob risco de anulação da delação premiada

O empresário Ueverton da Silva Macedo, mais conhecido como Frescura, apresentou um pedido à Justiça para suspender a ação penal em que é réu por corrupção junto com o vereador licenciado Claudinho Serra (PSDB), de Campo Grande. Frescura é acusado de envolvimento em um esquema de fraudes que teria sido comandado por Serra em Sidrolândia, cidade que é administrada pela sogra do parlamentar, a prefeita Vanda Camilo (PP).

A defesa do empresário alega que a delação premiada do ex-servidor municipal Tiago Basso da Silva, que colaborou com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), precisa ser confirmada antes que a ação penal prossiga. Conforme o acordo, o delator tem até outubro para devolver R$ 80 mil obtidos de forma ilegal. “Se assim não for, entendo que a defesa seria amplamente prejudicada”, declarou o advogado Fábio de Melo Ferraz, que representa Frescura.

Tiago, ex-chefe de compras de Sidrolândia, revelou ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) detalhes do esquema, que incluía o uso de notas fiscais frias e o desvio de recursos públicos, além de citar o nome da prefeita Vanda Camilo em possíveis irregularidades. Em sua delação, ele confessou ter tentado esconder dinheiro na mochila da filha durante a operação que culminou em sua prisão.

Além das acusações de corrupção, Frescura também responde por obstrução da Justiça, após esconder celulares durante a operação do Gaeco. Ele é investigado por crimes como associação criminosa, fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, entre outros.

Caso a delação de Tiago não seja cumprida, a defesa de Frescura argumenta que isso poderia anular o acordo, resultando na exclusão de provas e depoimentos que sustentam as acusações. Enquanto isso, o processo segue à espera da confirmação por parte do MPMS, que tem o prazo até outubro para avaliar o cumprimento das condições do acordo. Em nota, a prefeita de Sidrolândia negou todas as acusações feitas por Tiago em sua delação.

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