Tromper : Justiça de Sidrolândia Conclui Processo de Corrupção contra Empresários e Servidores

Ação Penal da Operação Tromper, que investigou fraudes em licitações de obras de asfalto, aguarda sentença para sete réus

A Justiça de Sidrolândia finalizou a fase de instrução da ação penal referente à segunda etapa da Operação Tromper, que desvendou um esquema de corrupção envolvendo fraudes em licitações para obras de asfalto no município. O processo agora aguarda a sentença para os sete réus envolvidos.​

As investigações conduzidas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) apontaram que o ex-secretário de Fazenda de Sidrolândia e ex-vereador de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB), identificado como líder da organização criminosa, é genro da ex-prefeita Vanda Camilo (PP), que estava à frente da administração municipal durante o período dos crimes.​

Os réus no processo são:​

• Ueverton da Silva Macedo, conhecido como “Frescura” (empresário);
• Ricardo José Rocamora Alves (empresário)
• Roberto da Conceição Valençuela (empresário)
• Odinei Romeiro de Oliveira (empresário)
• Evertom Luiz de Souza Luscero (apontado como laranja de “Frescura”)
• César Augusto dos Santos Bertoldo (servidor)
• Flávio Trajano Aquino dos Santos (servidor).

O empresário Milton Matheus Paiva, inicialmente denunciado, teve seu processo suspenso após firmar um acordo de colaboração premiada.​

De acordo com as investigações e delações premiadas, o grupo se reunia para planejar fraudes em licitações no município de Sidrolândia. O esquema consistia na manipulação de processos licitatórios para beneficiar determinadas empresas, que, mesmo sem capacidade operacional adequada, venciam as concorrências e posteriormente terceirizavam os serviços contratados.​

Denunciado, o ex-secretário de infraestrutura e hoje vereador em Sidrolândia, Carlos Alessandro da Silva (Lê) se livrou do processo.

A Operação Tromper revelou que o esquema de corrupção teve início em 2017, envolvendo empresários que utilizavam CNPJs de empresas sem experiência ou estrutura para executar os serviços contratados. Essas empresas, após vencerem as licitações, terceirizavam os serviços, recebendo milhões de reais dos cofres públicos.​

Além dos empresários, as investigações apontaram a participação de pelo menos quatro servidores públicos no esquema de fraudes, evidenciando a profundidade da corrupção no município.​

Com o processo agora concluso para sentença, a sociedade de Sidrolândia aguarda o desfecho judicial que poderá trazer justiça e reforçar a importância da transparência e lisura nos processos administrativos municipais.