POLICIAL

Uma mulher é assassinada por semana em Mato Grosso do Sul

Casos aumentaram 55% de janeiro a março em relação ao ano passado 

Mulheres vitimas de seus companheiros/Reprodução

 

A cada semana, uma mulher é assassinada em todo o Estado. Cenário esse que preocupa mulheres e autoridades, uma vez que o número só cresce com o passar dos dias. Em 2018, os crimes desse tipo  deixaram 32 vítimas de acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). O crime de Feminicídio nada mais é que o assassinato de mulheres em contextos marcados pela desigualdade de gênero. No Brasil, é também um crime hediondo.

De janeiro até hoje (3) de abril, já foram contabilizados 14 assassinatos envolvendo mulheres, sendo em sua maioria, vítimas de atuais ou ex- companheiros. Esse número aumentou 55%, uma vez que os casos registrados no mesmo período do ano passado eram 9, todos em âmbito estadual. 

 

CASOS

Jheniffer Cáceres de Oliveira, de apenas 17 anos, foi morta  na madrugada do dia 30 de março, em Sidrolândia. O suspeito do crime é o ex-namorado da vítima Paulo Eduardo dos Santos, de 18 anos, que após o crime  teria dormido ao lado do corpo de Jheniffer e ao amanhecer, saiu de casa e foi para um compromisso em uma Auto Escola. Ele foi preso no dia seguinte e indiciado por feminicídio e ocultação de cadáver.

Neuricleia Martins das Silva, 41 anos, foi morta no dia 31 de março em Chapadão do Sul. Ela foi espancada e asfixiada até a morte. O autor do crime, não foi identificado pela polícia, mas após matar a vítima se entregou à polícia. Familiares disseram que o homem era violento e que sempre o casal discutia, motivo pelo qual pediam com frequência para que ela se separasse.

Nádia Sol Neves Rondon, 38 anos foi morta com 30 facadas conforme constatou a perícia da Polícia Civil de Corumbá. Quando retornou para casa, na alameda Adelina, bairro Universitário, foi atacada pelo ex-companheiro, Edevaldo Costa Leite, de 31 anos, que não aceitava o fim do relacionamento.

Nesta quarta-feira (3), Nilce Elias da Rocha Bento, de 56 anos, foi morta à facadas dentro de casa no município de Naviraí. No local, as polícias Civil e Militar encontraram uma espingarda adaptada para munições calibre 36 e 22. O suspeito, Aderval Bento, também conhecido como Bugão, está foragido.  O caso será investigado pela Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM).

 

EM BUSCA DO AUMENTO DA PENA

Os crimes contra a mulher por razões da condição de sexo feminino se dão de doze a trinta anos de reclusão. Por fazer parte da comissão Externa da Violência Contra a Mulher na Câmara dos Deputados, a Deputada Rose Modesto(PSDB) defende o aumento da pena para crimes contra a mulher e tinha como objetivo se reunir com o ministro da Justiça Sérgio Moro para tratar de possíveis brechas que que a lei possa ter em relação ao crime.

Em evento no sábado passado(30), ela buscou assinaturas para abaixo assinado, em favor de adendo para aumento da pena.

 

Por: Correio do Estado

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