O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) voltou às ruas de Campo Grande, nesta quarta-feira (3), para cumprir dois mandados de prisão preventiva e um de busca e apreensão na 3ª fase da Operação Successione.
A nova ofensiva do Ministério Público Estadual é resultado da análise do material apreendido durante as duas primeiras fases da operação, deflagradas nos dias 5 e 20 de dezembro de 2023, respectivamente. As diligências revelaram o envolvimento de várias integrantes na suposta organização criminosa acusada de explorar o jogo do bicho em Mato Grosso do Sul, que teria como líder o deputado estadual Neno Razuk (PL), que nega a acusação.
Segundo levantamentos do MPE, a organização criminosa, que age de maneira violenta para estabelecer seu domínio, mesmo depois de uma ação policial ocorrida em outubro de 2023, continuou a investir na aquisição de máquinas para operar o jogo do bicho na Capital.
A organização é integrada por policiais militares da reserva e um ex-policial militar expulso da corporação. Segundo o MPE, os acusados utilizavam a experiência como agentes de seguranças e o porte de arma de fogo como forma de dominar a exploração do jogo ilegal e tornar Campo Grande novo território sob seu comando.
Ao final desta fase da investigação, o Gaeco concluiu que 15 pessoas, todas denunciadas no dia 19 de dezembro, integravam organização criminosa armada, estruturalmente ordenada e com divisão de tarefas, voltada à exploração ilegal do jogo do bicho, roubos triplamente majorados, corrupção, entre outros crimes.
O nome da Operação Successione faz alusão à atual disputa pelo controle do jogo do bicho em Campo Grande, com a chegada de novos grupos criminosos que migraram para a Capital após a “Operação Omertà”, do Ministério Público Estadual.
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