Morto há 25 anos, Ayrton Senna teve uma coleção respeitável de carros.Veja a seguir cinco que talvez tenham sido os mais acoplados à imagem do tricampeão.
Ford Escort XR3 – Lançado no fim de 1983, o XR3 podia ancorar-se melhor na imagem de quem, senão na de Ayrton Senna para transmitir a mensagem de velocidade e jovialidade? Jovem ele até era: o Escort era o carro global da Ford, e esta terceira geração havia estreado mundialmente em 1980. Veloz, porem,o compacto era equipado com motor 1.6 CHT, de inofensivos 82,9 cv, ante 99 cv do 1.8 do seu arquirrival, o VW Gol GT.
Uma leve reestilização veio em 1987. Em 1989, o casamento da Ford com a Volkswagen (formando a Autolatina) deu ao XR3 algo mais valioso do que uma aliança banhada a ouro: o motor AP 1.8 da marca alemã, que no Escort rendia 105 cv. Na condição de garoto-propaganda da Ford (chegando a estampar comerciais do Corcel II), Senna rodava no Brasil com um XR3 prata.
Mercedes-Benz 190 E – Como prêmio por ter vencido uma corrida promocional organizada pela Mercedes, Senna levou para casa um 190 E 2.3-16. Era 1984, e tanto o piloto quanto o sedã eram novatos que provariam seus talentos nos anos seguintes. Produzida entre 1984 e 1992, a versão esportiva do sedã compacto que precedeu o Classe C era equipada com um motor de 185 cv, que divertia mesmo um motorista do calibre de Senna. O câmbio era manual, de cinco marchas “dog leg”.
Codinome W201, o sedã nasceu em 1982 nas pacatas versões 190 e 190 E, equipadas com um pacato motor 2.0 de 90 e 122 cv. Quando o último exemplar saiu da linha de produção em Sindelfingen, em fevereiro de 1993, mais de 1,8 milhão já haviam sido fabricados.
Mercedes-Benz 300 E Touring – Senna também costumava rodar no Brasil com uma elegante perua da Mercedes, que além de confortável era útil na hora de carregar os aeromodelos – um dos seus hobbies – para a fazenda da família. O modelo foi introduzido em 1984, e foi a partir dele que a gama intermediária da Mercedes começou a atender por Classe E – embora a renome oficial ocorreu somente a partir de 1993.
A gama era composta por sete modelos: 190 D, 200 TD, 250 TD, e 300 TD, equipados com motor a diesel; e 200 T, 230 TE e 300 TE, um seis-cilindros de 188 cv. Atualizações visuais e mecânicas (que incluíam motores mais potentes) aconteceram em 1989 e 1992. Em 1996 a perua deu lugar a uma nova geração, após 340.503 unidades produzidas – bem menos do que os 2.213.167 sedãs.
Honda NSX – Corria o Salão de Chicago de 1989 quando a Honda apresentou o protótipo NS-X, ou New Sports eXperimental. No ano seguinte a versão final estreava com carroceria em alumínio, motor 3.0 V6 de 274 cv, câmbio manual e tração traseira – e sem hífen no nome. Mas, antes de estrear, o esportivo passou pelas mãos de Senna, que por ter corrido pela Lotus e então ser piloto da McLaren, tinha relações estreita com a Honda, a fornecedora de motores para as duas equipes inglesas. Palpites do brasileiro deixaram o NSX melhor de guiar.
Senna teve dois: um vermelho que ficava em sua residência em Portugal, e um preto que morava em São Paulo – a placa deste, BSS-8888 faz alusões ao apelido de Senna, “Beco” e ao ano do primeiro título na Fórmula 1, em 1988.
Audi S4 Avant – Senna estava no auge da carreira quando a Senna Import, representante oficial da Audi no Brasil nos idos de 1994, trouxe a linha S4 ao Brasil – que na verdade era a versão esportiva do Audi 100, que depois virou A6. O primeiro a desembarcar foi a perua, S4 Avant. Dotada de um 4.2 V8, hoje revela o quanto a tecnologia avançou: seus 280 cv e 40 kgfm de torque são alcançados hoje por motores bem menores, não raro de 2 litros e quatro-cilindros.
Mas a perua tinha imponência e conforto. O câmbio era manual e a tração, integral. Ao lado do NSX, é um dos carro que a família Senna ainda guarda.
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