Vítima já tinha doença respiratória e pegou a Covid-19 das irmãs
A merendeira aposentada Eleuzi Silva Nascimento, 64 anos, teve a vida interrompida pelo novo coronavírus, nesta terça-feira (31). Como a doença é altamente contagiosa, o corpo dela sequer foi velado e vai direto para enterro em um cemitério de Batayporã.
O risco de contaminação faz com que autoridades de saúde proíbam o velório. Nesta terça-feira, o corpo dela foi tirado do hospital da Cassems, em Dourados, e levado para a cidade onde ela morava, Batayporã.
Dor e medo
Além da dor de perder uma parente, familiares sofrem pelas duas irmãs dela, também contaminadas. Segundo a Secretaria de Saúde, provavelmente as duas irmãs contraíram a doença na Bélgica, onde estiveram recentemente.
Uma das irmãs, identificada como Nana Nascimento, homenageou Eleuzi e diz sentir muita dor nesse momento.
”Esse é o sorriso que vou guardar no coração, pessoa maravilhosa, minha mãezona como chamava! Com certeza já está fazendo muita falta! O que me consola é que Deus prometeu que um dia nós reencontraremos, e vou fazer por merecer isso. Saudades eterna!”, lamentou no Facebook.
Uma amiga lembrou dos momentos com Eleuzi: ”Como ela amava viver, cozinhar, fazer a festa. Reunião em família era tudo pra ela, não vai ser a mesma coisa sem ela”, escreveu.
Morte
Eleuzi era fumante e tinha os pulmões comprometidos em razão do vício. Inclusive, a merendeira fazia tratamento em razão da síndrome respiratória.
No dia 26 de março, Eleuzi foi internada em um hospital de Nova Andradina, onde ficou até o dia 23, após apresentar melhoras. No entanto, no dia seguinte, ela se sentiu mal novamente e foi socorrida ao Hospital da Cassems no dia 26 de março. Deste então ela se tratava da doença.
Vítimas
A merendeira Eleuzi vai engrossar a dura estatística dos 38 mil mortos pelo Covid-19 até o momento. No Brasil, o número já passa dos 201 óbitos, a maioria em São Paulo.
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